quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dar palpites é fácil, julgar nem tanto ...


Alinhando na corrente, até aqui no blogue se considerou, em determinada altura, que terá havido da parte do BdP falhas em matéria de supervisão nos casos do BCP e do BPN.
Constâncio nega a existência de falhas, ou pelo menos a responsabilidade do BdP em não ter detectado, com antecedência, as irregularidades.
Considerando que Vítor Constâncio já deu provas, por mais do que uma vez, incluindo quando desempenhava funções políticas, de que actua com seriedade, seria estultícia da minha parte pôr em dúvida as suas palavras. Até porque é verdade que não é por existirem polícias que deixa de haver ladrões. E dar palpites é uma coisa, julgar é outra.
ADENDA: Justifica-se uma visita aqui, para se ver até onde chega o descaramento!

2 comentários:

Unknown disse...

Tenho evitado abordar este assunto, porque há qualquer coisa aqui que ainda não percebi e acho que nunca virei a perceber, quer por informações sonegadas ao público em geral, quer por não ter tempo, nem paciência, de ver quais os instrumentos e limites que são impostos ao BdP.

No entanto, não gosto de posturas arrogantes e claras de quem está "colado" à cadeira.

Ele devia colocar o lugar à disposição, e pedir que reiterassem o voto de confiança nele depositado a quem de direito.

Mais uma vez, não sei se fez isso em conversas de corredores ou de café... mas exigia-se que isso ser fosse feito às claras.

Francisco Clamote disse...

É um ponto de vista que me parece perfeitamente razoável e corresponde de certo modo à opinião que também já defendi aqui no blogue. Sublinho de novo que a Constâncio essa atitude só ficaria bem. Todavia, pesando tudo (o conceito que dele tenho como pessoa séria, sobretudo devido ao seu comportamento enquanto Secretário-Geral do PS, e o carácter dos que mais o atacam (refiro-me, em especial a Paulo Portas que, sabe-se hoje, enquanto ministro do governo Durão Barroso teve ou podia ter tido acesso à mesma documentação enviada na altura ao Banco de Portugal)acabo por dar o benefício da dúvida a Constâncio. Espero não estar enganado, mas, como diz o outro, nunca fiando. Saudações