"Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia...", "Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se" e "E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia" são afirmações de Manuela Ferreira Leite proferidas hoje durante um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana.
Depois de tantas outras afirmações por ela proferidas reveladoras de uma péssima economista e de um espírito tacanho, surge agora este discurso que, mesmo para um partido como o PSD (que ela lidera), é inaceitável, estou certo.
A senhora, com tal discurso, encarregou-se de fazer o seu próprio funeral. Como presidente do PSD, está visto.
ADENDA 1: Para Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP "Estas declarações são naturalmente infelizes e despropositadas” . Tão meigo ? Será que depois da convergência entre os dois partidos (PSD e PCP) a propósito das manifestações dos professores, temos à vista um conúbio entre os dois? Só faltava mais esta !
ADENDA 2: Por sua vez, o PS acusa Ferreira Leite de falta de cultura democrática e cívica . É o mínimo que se pode dizer, pois estamos perante um verdadeiro escândalo !
4 comentários:
E o Ps não tem falta de cultura democrática?
Não ouve ninguém, só ele é que tem razão...
O que é essa atitude?
Caro Aristides Duarte:
Respeito a sua opinião, mas, como é óbvio, não coincide com a minha. Ainda hoje, pelo que vi na tv, a ministra da Educação não fez outra coisa que não fosse ouvir pessoas e entidades ligadas ao sector. Quem me parece que não ouve e se recusa a ouvir e a dialogar mora noutras bandas. Acho eu, claro está. Cumprimentos.
Não me estava a referir só à Educação. Há muitas coisas mais.E quem vive no Interior , sabe.
Por isso é que o amigo Guerres não fez nemhuma verdadeira reforma, nem os do PSD as fizeram.
Portanto, "reforma a doer" só com mão de ferro quer ela MFL dizer, mas, depois, vem a graça: suspende-se a dita por 6 meses, põe-se tudo em ordem, e depois sucede o quê?
Fica tudo direitinho e pronto a seguir prá frente?
Obviamente que logo tudo voltaria ao princípio, voltava tudo ao mesmo.
Quer dizer ou isto não tem remendo, ou então, a democracia tem de funcionar.
Para funcionar, bem ou mal que prevaleça a vontade da maioria, depois se verá nas próximas eleições, talvez votem no BE ou no PC ou noutro que se proponha governar estes "lusitanos".
Claro que ela gostaria que a alternativa neste raciocínio fosse votar no PSD.
Complicado, não é?
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