... para Mário Nogueira (Fenprof) e João Dias da Silva (FNE), pois bem precisam, quando acusam a ministra da Educação de intransigente e de arrogante. Vendo-se ao espelho, que verão eles, quando se recusam liminarmente a discutir com o Ministério da Educação as propostas de simplificação do modelo de avaliação apresentadas pela tutela e afirmam que só aceitam a suspensão do modelo ? E que vão ao ponto de exigir a demissão da ministra ?
Se o espelho é baço, eu digo-lhes a figura que fazem: Além de arrogantes e intransigentes são também pouco sérios, pois não é seriedade falar de um novo modelo de avaliação que, pelo que tenho lido (designadamente aqui e aqui) até daria para rir, não fosse o caso demasiado sério.
Se o espelho é baço, eu digo-lhes a figura que fazem: Além de arrogantes e intransigentes são também pouco sérios, pois não é seriedade falar de um novo modelo de avaliação que, pelo que tenho lido (designadamente aqui e aqui) até daria para rir, não fosse o caso demasiado sério.
Actualização: Hoje, (29-11) o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, reafirmou que o Governo está disponível para negociar o modelo de avaliação dos professores, caso os sindicatos o queiram, mas sem condições prévias:"A nossa disponibilidade em negociar é total. É preciso é que seja sem condições prévias e que os sindicatos não continuem a exigir a imediata suspensão do modelo de avaliação".
Nesta altura, não me parece que a renovada manifestação de disponibilidade, por parte do Governo, para negociar venha a ter correspondência do lado dos sindicatos dos professores, particularmente, por parte da Fenprop, dada a radicalidade das suas exigências. No fundo, o que pretendem é o regresso ao statu quo ante. Hoje isso é claro e julgo que o Governo não poderá ceder ao ponto de satisfazer tais exigências.
5 comentários:
Mas não são eles os intrasingentes. É a esmagadora maioria do corpo docente desta terrinha à beira mar plantada. Eles têm de andar a reboque sob pena de não representarem coisa nenhuma. A ministra tanto provocou, tanto fez que conseguiu a quasi unanimidade contra ela. Espírito corporativo? Em parte...talvez. Mas antes isso que a tacanhez ditatorial de alguém que pensava que ia bater num bando de cordeirinhos néscios. Agora ela que se cuide mais o seu amado primeiro. Quem os manda ter entrado no delicado tecido da educação como elefntes numa loja de porcelana? Já não há volta a dar-lhe e não vale a pena chorarem. O leite já está derramado e com ele a maioria absoluta de assalto ao poder deste 'PS' de triste memória...
Isto são apenas manobras numa tentativa de esvaziar a greve!
Façam uma investigação ao concurso de professores titulares e já perceberão muito... Um exemplo: numa escola 3 docentes não entraram por terem "apenas" 105 pontos e os colegas terem mais, já na escola ao lado entraram com 80. Pior...a escola do último foi extinta e eis agora o professor com que entrou para titular com 80 pontos a avaliar o da outra escola que não entrou com 105, mas tudo bem. Mestrados? Doutoramentos? Experiência como avaliador? Não, disse-o a Srª Ministra na entrevista na RTP1, "isso não é relevante para se ser avaliador. E eu que pensava que era...perdoem a minha ignorância. Por favor sejamos honestos
Pois Sr. Francisco Clamote, a ver vamos...
Os Engenheiros defendem-se, não é?
Não duvido do seu profissionalismo. Mas não aceito que duvidem do meu.
Neste momento na escola sou Professor, Pai, Assistente Social, Policia, Psicólogo, etc…
Por favor não coloque o nosso profissionalismo em causa. É o que nos resta.
Têm sido muitos os que falam mal de nós como Emídio Rangel que disse que os professores que se estavam a manifestar em Lisboa eram um bando de Hooligans.
Esta semana estive na manifestação de Viseu que terminou à porta do Governo Civil, éramos perto de 4000 professores, estranhei só estarem presentes 3 polícias . Estes Hooligans já não são o que eram…
Pois é as eleições estão aí e a ver vamos
Peço desculpa aos vários comentadores, mas para evitar repetições, tomo a liberdade de trancrever para aqui, em resposta aos comentários aqui deixados, as considerações tecidas em comentário noutro local deste blogue "Citacões #26", abordando o mesmo tema e esperando que o comentário contenha resposta que sirva. É como segue:
"O meu amigo não é obrigado a ler tudo quanto já escrevi sobre este tema, mas se tivesse lido teria podido chegar a várias conclusões como estas que aqui, uma vez mais, repito.
1º Se há profissão que admiro é exactamente a de professor, não só porque a considero uma profissão muito exigente, pelas razões que alega e outras, mas também porque entendo que para se ser professor é preciso ter qualidades que não estão ao alcance de qualquer um, (eu incluído, que tenho a perfeita consciência de não ter perfil para a exercer). Já o disse várias vezes e repito.
2º Não estou, nem tenho que estar, de acordo com todas as medidas tomadas pelo Ministério, designadamente no que respeita à figura do professor titular, nem às condições para ter acesso a tal categoria (embora neste aspecto tenha de admitir que, não existindo classificação digna desse nome, o Ministério tivesse de recorrer a outros critérios que não a classificação).E, em concreto, também não me pronuncio sobre o modelo de avaliação do Ministério é bom ou mau.
O que eu já tenho dito, e não importo de voltar a repetir é que, se queremos um ensino de qualidade,(e de há muito que o não é, segundo todos os indicadores disponíveis e disponibilizados até pela OCDE que confirma que os investimentos no sector Educação têm um fraco retorno em termos de aproveitamento escolar dos alunos) isso passa, a meu ver, em primeira mão (embora não só) por uma avaliação de desempenho que não só premeie os bons (que já o seriam e são, de qualquer forma) mas que incentive também os menos bons a procurarem ser melhores, porque quer queiramos, quer não, há bons professores e professores menos bons, como em qualquer outra profissão. Os professores não são excepção.
Outro assunto que também já tenho abordado prende-se com a atitude dos sindicatos, que, embora acusem o ME de ser inflexível, revelam a meu ver, maior inflexibilidade e então hoje, isso é claríssimo. Como já também disse, algures num "post", a minha experiência pessoal como presidente de uma associação profissional (que também já fui) diz-me que os governantes são pessoas como todos nós e tendem a reagir como qualquer mortal. A intransigilidade de uma parte leva à rigidez da outra parte, como é evidente. Aliás, a experiência ensina-me que quando se querem obter resultados alguma flexibilidade é o melhor caminho. Ora chegados a esta fase, em que o ME (admito que sob pressão)já recuou nos aspectos mais controversos do modelo da avaliação e aceita negociar, é evidente que o comportamento dos sindicatos é perfeitamente inexplicável, a menos que se aceite que os seus objectivos já nada têm a ver, nem com a educação dos alunos, nem com a defesa dos interesses dos professores. Ora esta atitude, é óbvio que não vai levar a lado nenhum, pela razão simples de que se os sindicatos não mostrarem alguma flexibilidade, o ME (encostado como está à parede) já não tem para onde recuar.E nem o Governo que lhe tem dado cobertura. Assim sendo, como é? Cai o Governo? Suponho que isso não passa pela cabeça de ninguém com juízo, sobretudo nesta altura em que a crise económica (vinda ou não de fora) nos bate à porta com cada vez maior violência.
E por aqui me fico que o comentário já vai longo."
Esclareço, complementarmente, e já é a segunda ou terceira vez que tenho que o fazer, que não sou engenheiro (embora, se calhar, até gostasse de o ser). Para se chegar a tal conclusão basta consultar o meu perfil.Cumprimentos a todos.
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