Os casos do BCP e do BPN tornam patente a ineficácia do Banco de Portugal enquanto entidade supervisora das instituições de crédito. Pela segunda vez, o BdP não vê, mesmo se alertado, e não apura o que de irregular se passa nas instituições que é suposto supervisionar.
Não sei se é caso para pedir a demissão de Vítor Constâncio, como faz Paulo Portas, até porque, em rigor, não sei se a falha é institucional, se é pessoal, mas alguma coisa tem que mudar no funcionamento do BdP, sob pena de termos de concluir que nada impedirá que, de futuro, o país se venha a confrontar com casos idênticos. Vítor Constâncio, melhor que ninguém está em condições para aquilatar da sua própria responsabilidade nos casos. Se, em consciência (como pessoa séria que é) a responsabilidade não lhe cabe, deve, no mínimo, dar uma explicação cabal ao país, o que até agora não fez, pelo menos, por forma a tirar todas as dúvidas. No caso contrário, ficar-lhe-ia bem pedir a demissão.
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