sexta-feira, 1 de julho de 2011

Três numa penada

O senhor Passos Coelho, com o anúncio do imposto extraordinário que vai levar a cada um dos contribuintes com rendimentos superiores ao ordenado mínimo nacional o equivalente a metade do subsídio de Natal, se não bateu o recorde do "desdizer" (belo eufemismo, hein!) andará por lá muito perto. Na verdade, com tal anúncio,   o senhor Passos Coelho "desdiz-se" três vezes:  começa por se contradizer a si próprio, pois na oposição defendia que o défice público devia ser combatido prioritariamente pelo lado da despesa e não com o aumento de impostos e agora é o que se vê; quebra a promessa feita durante a campanha eleitoral de que o PSD não cortaria no subsídio de Natal, classificando como "disparate" os rumores que circulavam nesse sentido; e finalmente, tendo prometido que não iria usar a "herança" recebida como desculpa para as medidas que viesse a tomar, o senhor Passos Coelho não encontrou outra forma de  justificar o "esbulho".
Três numa penada é um bom começo para qualquer "quebrador" de promessas.

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