É impensável supor que o actual primeiro-ministro e líder do Partido campeão da "transparência" e cultivador, em exclusivo, da "Política de Verdade" seja capaz de mentir. Por isso, as contradições entre o dito e o feito por Passos Coelho, só podem ser fruto de ataques de amnésia, por sinal, cada vez mais frequentes.
Não vou, porém, enumerar aqui os casos de amnésia já detectados. Por um lado, seria fastidioso descrevê-los tão numerosos já eles são, tendo em conta o pouco tempo que Passos Coelho leva na chefia do Governo. Por outro lado, tal trabalho seria inútil, pois, graças ao labor de O Jumento, o leitor tem à sua disposição um Mentirómetro, onde facilmente pode seguir a evolução dos ataques de amnésia.
Não vou, porém, enumerar aqui os casos de amnésia já detectados. Por um lado, seria fastidioso descrevê-los tão numerosos já eles são, tendo em conta o pouco tempo que Passos Coelho leva na chefia do Governo. Por outro lado, tal trabalho seria inútil, pois, graças ao labor de O Jumento, o leitor tem à sua disposição um Mentirómetro, onde facilmente pode seguir a evolução dos ataques de amnésia.
Não resisto, no entanto, em trazer à colação o caso da administração da Caixa Geral de Depósitos que é, além do mais, um exemplo de amnésia dupla:
Esquecido da proclamada orientação do Governo de reduzir os cargos de gestores públicos, no caso da Caixa, Passos Coelho optou por aumentar o número de gestores de 7 para 11. Dir-se-á que não é nada de mais para quem tem que arranjar lugar para os muitos "companheiros" que há que tempos estão na fila à espera que chegue a sua hora. Digo "companheiros" e digo bem, porque no PSD não há boys, como se sabe, mas "companheiros" não faltam.
A amnésia, no entanto, não se ficou por aqui. Passos Coelho, ao optar por um novo modelo de gestão, com dois presidentes, um não executivo (Faria de Oliveira, presidente na administração anterior) e outro executivo (José de Matos, vindo do Banco de Portugal) esqueceu-se de que o modelo agora escolhido já teve uma anterior edição em que as coisas não correram nada bem. Melhor dizendo, a experiência acabou mesmo muito mal, com António Sousa, presidente não executivo (chairman) às turras com Mira Amaral, presidente da comissão executiva (ceo).
Se tudo o que se diz aqui corresponde à realidade, é bem provável que o resultado da nova edição não seja melhor do que o da anterior. Direi mesmo que muito pelo contrário. A solução encontrada parece conter todos os ingredientes para conduzir ao desastre.
É, no entanto, de inteira justiça reconhecer que a amnésia de Passos Coelho tem intermitências. Por exemplo, Passos Coelho não se esqueceu de recompensar o Doutor António Nogueira Leite pelos seus "conselhos" ao atribuir-lhe um lugar na nova administração. A escolha de Nogueira Leite prova, ademais, que a amnésia de Passos Coelho não é um caso completamente perdido. Felizmente, dirão os "companheiros" ainda em lista de espera.
Esquecido da proclamada orientação do Governo de reduzir os cargos de gestores públicos, no caso da Caixa, Passos Coelho optou por aumentar o número de gestores de 7 para 11. Dir-se-á que não é nada de mais para quem tem que arranjar lugar para os muitos "companheiros" que há que tempos estão na fila à espera que chegue a sua hora. Digo "companheiros" e digo bem, porque no PSD não há boys, como se sabe, mas "companheiros" não faltam.
A amnésia, no entanto, não se ficou por aqui. Passos Coelho, ao optar por um novo modelo de gestão, com dois presidentes, um não executivo (Faria de Oliveira, presidente na administração anterior) e outro executivo (José de Matos, vindo do Banco de Portugal) esqueceu-se de que o modelo agora escolhido já teve uma anterior edição em que as coisas não correram nada bem. Melhor dizendo, a experiência acabou mesmo muito mal, com António Sousa, presidente não executivo (chairman) às turras com Mira Amaral, presidente da comissão executiva (ceo).
Se tudo o que se diz aqui corresponde à realidade, é bem provável que o resultado da nova edição não seja melhor do que o da anterior. Direi mesmo que muito pelo contrário. A solução encontrada parece conter todos os ingredientes para conduzir ao desastre.
É, no entanto, de inteira justiça reconhecer que a amnésia de Passos Coelho tem intermitências. Por exemplo, Passos Coelho não se esqueceu de recompensar o Doutor António Nogueira Leite pelos seus "conselhos" ao atribuir-lhe um lugar na nova administração. A escolha de Nogueira Leite prova, ademais, que a amnésia de Passos Coelho não é um caso completamente perdido. Felizmente, dirão os "companheiros" ainda em lista de espera.
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