Em 2011 e 2012, o Governo prevê que o PIB recue, em 2011, 2,3% e em 2012, 1,7%. Mais pessimista que a Tróica e o Banco de Portugal em relação a 2011 e mais optimista que ambos relativamente a 2012. Percebe-se porquê.
As exportações, segundo o Governo vão crescer 6,7% este ano e apenas 5,6% em 2012. Em contrapartida, as importações irão diminuir 4,8% este ano e 1,3% em 2012.
A inflação deverá atingir 3,5% este ano e 2,3% no próximo ano.
E, finalmente e mais importante, o Governo prevê que aumente o número de desempregados, atingindo-se em 2012 a taxa de 13,2%.
Como se vê, é só "melhorias" em relação a 2010, o último ano completo da responsabilidade do "ominoso" Sócrates.
Senão compare:
Em 2010, o PIB cresceu, apesar da crise, 1,3%; as exportações cresceram 8,8%; a inflação não foi além de 1,4%; a taxa de desemprego ficou-se pelos 10,8%.
Mas não desespere que, a partir de 2013, a economia portuguesa, diz Gaspar, vai conhecer uma recuperação "expressiva".
Ficamos sem saber o que é isso de "recuperação expressiva" porque o ministro Gaspar não adianta números e a gente compreende o porquê: não só não tem a capacidade de previsão da cartomante Maya, como, de facto, nem ele acredita nas suas previsões. É ele, na verdade, quem nos deixa o alerta: o cenário apresentado "deve ser encarado com especial prudência devido à incerteza associada a factores de ordem interna e externa".
Nota complementar: o ministro Gaspar dá-nos todas estas "boas" notícias, sempre com a mesma cara de pau. Ele é, por isso e para já, the right man in the right place. Se é "brilhante" ou não ainda estou para saber.
(Os dados citados foram recolhidos aqui)
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