Com a nacionalização do BPN já não é possível, nem à líder do PSD, ignorar a dimensão da crise financeira internacional, embora tudo indique, pelo que deduz das palavras do Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que o BPN chegou ao estado a que chegou não apenas devido à crise internacional, mas também (e sobretudo?) por erros de gestão (ou se por algo mais grave do que isso, logo se verá, assim o espero). Como espero também que se peçam contas a quem de direito, pela situação que, primo conspectu, é tudo menos clara.
O que se sabe, para já, é que o Governo se viu obrigado a intervir para salvar os interesses dos depositantes e demais clientes do banco, pelo que tal intervenção tem de ser considerada, mesmo por quem não aprecie, por aí além, as nacionalizações, como um mal menor. A não intervenção levaria não só ao prejuízo directo de milhares pessoas, (depositantes, clientes e empregados) como afectaria também, indirectamente, a confiança em todo o sistema bancário, com consequências dificilmente previsíveis.
Espero, no entanto, que a bóia de salvação lançada pelo Governo não sirva simultaneamente para pôr a salvo os interesses dos accionistas e dos administradores do banco (em especial os anteriores) porque uns e outros, duma forma ou doutra, são os responsáveis pela situação, estes porque fizeram e aqueles porque deixaram correr o marfim.
Como mal menor que é a nacionalização do BPN, o 2 de Novembro não é, seguramente, o 11 de Março, pelo que, nem há razão para a direita se lamentar, nem para a esquerda festejar, acho eu.
Actualização: Conhecidas as reacções de vários partidos, incluindo PCP, BE, PS, PSD e CDS, parece que a nacionalização do BPN (o PSD prefere falar em compra, o que na boca de um jurista, como Aguiar Branco, não deixa de ser surpreendente) merece um amplo consenso, embora a posição de cada um dos partidos citados não seja exactamente a mesma, o que, aliás, não admira. Realce-se, no entanto, a posição do CDS, ao que parece mais preocupado com a regulação do Banco de Portugal do que com a situação do BPN e dos responsáveis por ela.
1 comentário:
Caros Senhores
Sobre várias alegadas operações ilegais de importação para Portugal, de colecções de objectos arqueológicos essencialmente em ouro, com proveniência espanhola, e presumivelmente do conhecimento das autoridades policiais espanholas, que as autorizaram, e são hoje propriedade de várias instituições nacionais, nomeadamente, do Banco Português de Negócios, que adquiriu uma pelo valor de cerca de seis milhões de Euros, e outras, pela Fundação Ernesto Estrada, que as adquiriu ao longo de uma década, por outros tantos milhões de Euros, e com as quais se irá criar e instalar um museu em Abrantes, com o apoio do Governo Português, recomenda-se a sua consulta no Fórum Arqueologia, na secção "Conversa Geral", nos tópicos actualmente em discussão:
http://arqueologia.informe.com/contrafacn-noo-e-contrabando-de-objectos-ditos-arqueolnigico-dt1431.html
http://arqueologia.informe.com/dn-cada-de-noventa-n-poca-de-vandalismo-e-saques-organizad-dt1490.html
http://arqueologia.informe.com/policia-espanhola-dt355.html
Atenciosamente, os nossos cumprimentos.
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