O homem que, ao longo de toda a governação do PS, não teve outra posição que não fosse a de advogar o "respeitinho" pelos mercados ("A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego") e que, insistindo na sua, afirmava que "não compensa absolutamente nada para a economia portuguesa e para o emprego em Portugal estabelecer uma retórica de ataque às posições dos mercados", vem agora, na sequência do corte do rating da dívida pública portuguesa em quatro níveis efectuado pela Moody's, esbracejar, dizendo "não haver a mínima justificação para que o rating de longo prazo de Portugal tenha sofrido tal corte".
Não critico a posição que agora tomou e muito menos ainda que tenha, finalmente, aderido à tese, que não é nova, de que "as questões em torno da avaliação e da notação financeira dos Estados-Membros da União Europeia devem merecer uma resposta europeia".
O que me pergunto é por que razão só agora se deu conta da irracionalidade dos "mercados" e só agora acordou? Só agora é que lhe doeu? E porque não antes? O país não é o mesmo?
2 comentários:
Claro que o país é o mesmo,o partido é que é outro.
Não o País é outro. Este,é dele! É da sua autoria!
Enviar um comentário