quarta-feira, 22 de abril de 2009

Disse eleitoralismo ?

O Governo acaba de perder mais uma oportunidade de fazer "eleitoralismo", pois, mesmo a pedido da oposição (neste caso, do CDS) recusa-se a perdoar a multa aos contribuintes que não entregaram a sua declaração de rendimentos, perdão que, em termos eleitorais renderia, sem dúvida, dividendos. Recusa (e bem, digo eu) porque a lei é para cumprir e não apenas quando nos convém.
E mesmo assim o Governo não se livra de ser acusado de eleitoralismo quando toma, como lhe cumpre, qualquer decisão por muita justificada que seja, desde que percepcionada como indo no sentido da melhoria das condições de vida da população. Foi o que aconteceu agora com o anúncio da extensão da escolaridade obrigatória para 12 anos medida que vai ser acompanhada pela atribuição de bolsas de estudo para todos os alunos com aproveitamento que estejam nos dois primeiros escalões do abono de família.
E até nem falta quem veja, no anúncio de tal medida, um "problema de credibilidade".
Problemas de credibilidade vejo eu em quem não vê mais do que isso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se divirja do ilustre proprietário do Blogue.

Os velhotes de 81 anos
que não lêem o semanário da terra (quando muito as gordas ), e muito menos o Diário da República e ainda muito menos a Lei do Orçamento de Estado que lhes trocou as voltas e os põs a pagar imposto (que disso andavam cantantemente arredados) e que finalmente não recebem as novidades por e-mail do portal do cidadão,
podem estar descansados porque:
1. se é santa a ignorância da LEI, e
2. se não há lugar a pagamento de imposto e só do papel se trata e
3. se PEDIR às Finanças respeitosamente requerendo e lembrando o disposto no art. 32º no Regulamento Geral das Infracções Tributárias (RGIT)pode suceder tal coima de 1/4 da sua reforma fique em águas de bacalhau, o que é costume.

O legislador aqui foi humano e suavizou, deixando , embora, ao sábio critério do Chefe de Finanças, essa prudente tábua de salvação.
Quanto ao recebedor de 800,00 Euros de reforma e pagador de igual montante para o lar, e já sem paciência de ir ver o que diz a lei fiscal do IRS, tenho a impressão de que isso também desconta qualquer coisa no IRS do próprio ou de quem se encontra a cargo.
Estas duas coisas, mais coisa menos coisa, mostram que sua exª, não está ali para fazer favores e que, a lei sendo "sagrada", tem de ser cumprida.

O problema é que há muitos cidadãos que não se conformam com a "santidade da lei" e muito menos respeita os sacerdotes seus serventuários que "dizem" injuriando e difamando que são eles que não se fazem respeitar perante os seus supostos fiéis, argumentando que fazem filhos a torto e a direito e que metem a mão no prato das esmolas dos piedosos que assim se redimem ou procuram redimir do pecado do lucro das suas mundanas acções.

Resumindo e concluindo, a vida está dura.
Portanto, quem quiser e achar bem, está de acordo e vota nele daqui por uns meses, mesmo acreditando que todos os que vão ser obrigados a ir até ao 12º ano ou 18 anos vão ter subsídio.

Quem achar mal e ou não acreditar no que parecem estas promessas ( por não estar a ver como é que arranjam tanto dinheiro) pôe o seu voto no sentido de sua Ex.ª ir dar uma curva.
Realmente é e será sempre uma questão de "credibilidade".

Anónimo disse...

Já lá dizia Einstein:tudo é relativo!!!!!!!!!!!!!