terça-feira, 14 de abril de 2009

Um candidato equivocado

Paulo Rangel, na sua primeira intervenção, como cabeça de lista do PSD às próximas eleições europeias promete ser o rosto da ruptura com a actual política socialista e ultrapassar a “mordaça” do adversário do PS, Vital Moreira, acusando-o de evitar falar dos problemas nacionais.
Não há dúvida que o candidato começa da melhor forma!
Se numa campanha para eleições europeias, Rangel se vai limitar a desancar nas políticas nacionais e a criticar Vital Moreira, porque este tem dirigido, com maior insistência, o seu discurso para as questões europeias, como (tratando-se de umas eleições para o Parlamento Europeu) parece ser o mais adequado, então de duas uma: ou Rangel não está minimamente preparado para debater os temas europeus e, como tal, sobre tais assuntos não fala; ou então está equivocado sobre a natureza das eleições a que vai concorrer.
Qualquer das hipóteses não abona muito a seu favor e não me parece que Rangel vá longe, caso venha a manter esta postura. A ver vamos.
Entretanto, recomenda-se a Rangel que se cuide. É que Vital Moreira é candidato que chega e sobra para ele, mesmo em debates sobre problemas nacionais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Embora admita andar distraído e não estar a ver bem a questão, não creio que Vital se saia melhor Rangel, mas isso é "um cheiro" e logo se verá.
Particularizando, acho que Rangel tem muita "palheta" e é suficientemente inteligente para convencer os hesitantes.
Não precisa de teorizar muito sobre a construção europeia.

Se ele quiser e souber, chega-lhe tratar a área de charneira entre a CE e Portugal e aqui, encontrará um manancial de assuntos interessantes e candentes, tais como os sucessivos governos têm deixado que o seu País seja maltratado na questão das pescas, da agricultura e do ambiente, deixando, por um lado, Portugal ser tratado como um parceiro menor da CE, e por outro lado, não aproveitando sequer o pouco que vem, embrulhando tudo no nebuloso "PRODER" e outros fundos e sem uma atitude de defesa dos interesses nacionais.
Lembro que numa recente entrevista um político da Noruega referiu que uma das razões por que não aderiram à CE foi a questão das pescas. Vejam o tamanho da Noruega (claro têm petróleo) e o nível de riqueza que conseguem gerar) e comparem com o que acontece em Portugal com a idiotice que é de haverem entregue todo o NOSSO mar a TODOS e depois vem um ICNBezito tutelado pelo MAOTDR, criar reservas integrais, proibir a pesca, mesmo à linha no mar em certos dias aos indefesos,( e também esfomeados que é possível que estejam!), desempregados, artesanais e até desportivos pescadores portugueses, de modo a criar peixe à fartazana para depois os "outros parceiros" limparem com as suas redes de arrasto.
A nossa ZEE (zona económica exclusiva) é uma treta, o imenso território nacional com essas 200 milhas ( que está também ao redor das ilhas dos Açores e Madeira)está vendido e este é um problema que tem a ver com a CE e o Parlamento Europeu.
Portugal está a colocar o seu território Nacional na Rede Natura 2000 e já lá está cerca de 30%.
Os outros países que estão na frente da riqueza, indicaram 7 ou 8% do seu território, mas aqui em Portugal já nem se pode mudar de sementeira sem pedir prévia ao ICNB (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade) dependente do Min. do Ambiente.
Tudo está condicionado por pessoal de secretária que até julga que os pés do tomateiro, se regados, no ano seguinte continuam a produzir tomates e olhem que até haverá engenheiros agrónomos que assim pensam!
Subordinamos tudo aos "superiores interesses da CE", já nem produzimos alimentos para satisfazer o nosso consumo interno, importamos alimentos e endividamo-nos e trocamos tudo isso por uns tostoezitos para ajudar a fazer uns novos aeroportos e TGVs e, claro, auto estradas de duvidosa necessidade.

Os nossos deputados no Parlamento Europeu, servirão para, sobretudo, tentar defender os interesses dos portugueses que os elegeram.E as candidaturas servem para equacionar o nosso posicionamento dentro ou fora da CE.
Obrigado.