Não discuto a absolvição de Pinto da Costa e dos restantes dois arguidos envolvidos no chamado "caso do envelope", um processo do "Apito Dourado" relativo ao jogo Beira-Mar/FC Porto, realizado em Abril de 2004, porque não conheço o bem (ou mal) fundado da decisão.
Constato sim que o resultado só pode ser fruto de uma acusação mal elaborada, por não justificada, ou de uma acusação mal defendida. Seja como for, esta sentença é mais uma derrota averbada pelo Ministério Público que, nos últimos tempos, pelo menos através do que é conhecido através da comunicação social, não tem grandes motivos para se ufanar do seu trabalho.
Todavia, tal circunstância não tem impedido que alguns dos seus dirigentes, particularmente os ligados ao respectivo sindicato, continuem a perorar em tudo quanto é comunicação social sobre tudo e ainda mais alguma coisa, indício de que na magistratura do M.P. há muita gente mais vocacionada para as luzes da ribalta, do que para esforçado trabalho dos gabinetes. Não os vejo, no entanto, assumirem as responsabilidades perante tanto fracasso, responsabilidades que, admito, podem não ser exclusivas, mas que são suas em primeira mão.
Não admira, porém, que assim seja, pois toda a gente embandeira em arco perante as vitórias, mas as derrotas, ainda por cima, se em resultado de más exibições, costumam ficar solteiras. Hélas!
1 comentário:
Pois!
(conversa de azulona assumida que, também não gosta de certas coisas, mas gosta ainda menos de outras, em sectores supostamente mais determinantes para a nossa vida colectiva)
:))))
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