A lei da paridade deve-se apenas e tão só ao PS, já que, quer a iniciativa, quer a aprovação, a ele se ficaram a dever.
Numa iniciativa que pode considerar-se na linha da referida lei, vem agora a deputada do PS, Maria de Belém Roseira, "defender que os Governos devem estender o critério da paridade aos cargos de nomeação da Administração Pública e aos conselhos de administração das empresas públicas".
Se bem nos damos conta, a ideia de Maria de Belém não colheu, por ora, grandes aplausos. Pelo menos, a posição de Teresa Caeiro (CDS) não vai nesse sentido. Ora se é verdade que, como ela afirma, o acesso das mulheres à tomada de decisão faz-se em primeiro lugar através da criação de condições para a conciliação da vida familiar e profissional, não menos verdade é que "do ponto de vista sociológico, sabemos que se reproduz o género no poder" e que "ou há alguma medida que faz cortar esse ciclo, que é vicioso, ou então é difícil de quebrar", tal como sustenta Maria de Belém.
A posição de Maria de Belém, faz, a meu ver, todo o sentido, para quem defende a igualdade entre mulheres e homens. É o caso.
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