Já aqui se escreveu que, enquanto não for cabalmente esclarecido o caso Freeport, as próximas eleições não serão, nem livres, nem justas, pois somos todos reféns do processo: os que (como é o meu caso) não admitem que o primeiro-ministro de Portugal não seja uma pessoa eticamente irrepreensível e os que, mesmo sem provas, apostam e se esforçam por demonstrar exactamente o contrário.
Junto, por isso, a minha voz à do director do "Expresso" que, no seu editorial da edição de hoje, exige o não arquivamento do processo, para que se esclareça definitivamente se estamos perante um caso de corrupção, ou se, ao invés, estamos a assistir a uma "conspiração para desprestigiar, atacar ou mesmo derrubar um primeiro-ministro democraticamente eleito".
O processo deve, por isso, prosseguir e chegar até às últimas consequências.
O Ministério Público ainda tem tempo útil para, pesem embora os muitos disparates já cometidos, prestar esse inestimável serviço ao país e para, de alguma forma, "salvar a honra do convento".
Deixem-se, por isso, de tricas, e mãos ao trabalho, que o país agradece !
Desconfio, porém, que tão desejado resultado (o total apuramento da verdade) venha a ser alcançado. É que receio que a teia de cumplicidades estabelecida entre investigadores, jornalistas e políticos que o montaram, (facto já provado em tribunal, como o Bastonário da O.A. veio recentemente lembrar) e os que todos os dias alimentam o caso, através da violação do segredo de justiça e da difusão de insinuações e de boatos, sejam suficientemente fortes para impedir que algum dia se faça luz.
Oxalá me engane!
2 comentários:
faço meu o seu desejo, mas partilho igualmente a sua desconfiança - os esquemas malévolos são tantos, que dificilmente a verdade brotará.
Mais palavras para quê!
[E mto obg pelas suas palavras por lá, no branquinho]
:))
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