Soube-se hoje que o candidato que o PCP propõe para Provedor de Justiça é o juiz-conselheiro jubilado Guilherme da Fonseca. Trata-se de uma pessoa com um currículo invejável sem dúvida e merecedora de toda a consideração, mas julgo não errar se disser que nem o próprio partido proponente acredita na viabilidade da sua eleição. E por duas razões: trata-se de uma pessoa considerada como tendo estreitas ligações à CDU; e a idade (contra mim falo) também não ajuda.
A forma como Bernardino Soares se refere à candidatura, ao dizer que o nome "tem todas as condições para reunir apoios", mas acrescentando ao mesmo tempo "não apresentamos esta candidatura para excluir outras", significa claramente que se trata de uma candidatura votada ao fracasso.
O próprio candidato, estou certo, também não alimentará grandes ilusões sobre o êxito da candidatura. A sua aceitação, nestas condições, não diminui, no entanto, a sua dignidade, bem pelo contrário, pois quem aceita prestar um serviço (diria até fazer um sacrifício) em nome das suas ideias e convicções merece todo o respeito.
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