quinta-feira, 23 de abril de 2009

Não há fome que não dê em fartura

Depois do anúncios do PS (que mantém a candidatura do Prof. Jorge Miranda ao cargo de Provedor de Justiça) e do PCP (que propõe, para o mesmo cargo, o juiz-conselheiro Guilherme da Fonseca) (personalidades sobre as quais já me pronunciei) foi agora a vez de o PSD revelar a sua aposta na candidatura de Maria da Glória Garcia, professora da Faculdade de Direito de Lisboa e da Universidade Católica (que não conheço e sobre a qual, por isso mesmo, não emito opinião) e de o Bloco de Esquerda anunciar que o seu candidato é o advogado Mário Brochado Coelho, nome que me não é desconhecido, mas de que já não ouço falar, há longo tempo.
Tanta peripécia e tanta candidatura para um cargo para cujo desempenho se impõe a escolha de uma personalidade com prestígio e isenta e, que nessa medida, deveria ser mais ou menos consensual, mostra que algo não vai bem nesta democracia, onde os partidos, talvez pelo aproximar das eleições, se revelaram até agora incapazes de encontrar uma solução quando, à partida, não seria de esperar tão grande drama.
Para completar o ramalhete já só falta mesmo que o CDS apresente o seu candidato. Ou será que, desta feita, é o CDS que dá sinais de moderação e bom senso ?
Adenda:
A minha interrogação final já tem resposta: O "CDS não apresenta candidato e dá "liberdade" de voto aos deputados" .

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