Confirma-se o que diversos comentadores já tinham adiantado: o alegado sucesso na colocação de bilhetes de tesouro e na troca de 3,7 mil milhões de euros de dívida pública que vencia em Setembro de 2013 por outra que vencerá em Outubro de 2015, ficou a dever-se, essencialmente, à intervenção das instituições financeiras nacionais.
A confirmação veio pela voz da Secretária do Estado do Tesouro, que, no entanto, se recusou a quantificar a participação dos credores (nacionais e estrangeiros) provavelmente porque a participação de credores estrangeiros, a ter existido, foi extremamente insignificante.
O facto não constitui propriamente uma novidade, sabendo-se, como se sabe, que os credores estrangeiros têm vindo a desfazer-se da dívida pública portuguesa, no mercado secundário, mesmo a preços de saldo, estando a dívida pública portuguesa concentrada, actualmente, nos credores nacionais. Aqui há uns tempos foi noticiado que a percentagem da dívida detida por credores internacionais já era inferior a 20%. Actualmente, deve estar próxima do zero.
Quando estes governantes falam em "confiança dos mercados", não é porque sejam uns farsantes. É apenas porque não conhecem o prefixo "des" usado, por quem o conhece, na palavra "desconfiança"! Crescente, pelos vistos!
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