sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O sistema de castas

Fiquei hoje a saber que, para Passos, Gaspar, Portas & Cª, sou uma pessoa "rica". Já assumi esta minha nova condição. Tanto assim é que estou em vias de aceitar a proposta de um amigo do Facebook, para comprarmos, cada um de nós, um iate, ou dois, em conjunto.
Não é pois a minha situação o que mais me preocupa, neste momento. Estou sim preocupado porque vejo que entretanto foi criado um novo sistema de castas, com a generalidade dos reformados transformados em "párias", casta onde têm por companhia os funcionários públicos.
 Em relação aos reformados, porque é deste caso que agora curo, veja-se só a quantidade de "operações" a que vão ficar sujeitos:


Se não estou em erro, já vamos em 3 cortes para os "párias" "ricos"  (os que auferem pensões entre 1350 e 3750 euros) e em 4  ou 5 cortes para os "riquíssimos" (os que auferem pensões superiores a 5031 euros).
Seguem-se os cortes comuns a todo e qualquer cidadão não "pária", de acordo com os novos escalões (ver o "post" anterior) a que acresce mais uma sobretaxa de 4%, estando os "párias" também neste particular, em igualdade com os demais cidadãos. Digo demais cidadãos, partindo do pressuposto que os novos "párias" ainda o são.
Chegado a este ponto, só me resta perguntar: Será que este novo sistema de castas tem consagração constitucional? Como já li a Constituição de fio a pavio, sou levado a crer que não.
 Pedir a este governo que a respeite, sei, de ciência certa, que é pedir demais. Mas julgo que não será pedir demais que as instituições da República a quem cabe velar pelo cumprimento do texto constitucional, não se demitam de a fazer cumprir.
Mas, se calhar, também estou a exigir demais!

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