(...)Parece que Vítor Gaspar anda a jogar à malha com os portugueses. É só malhar.(...)
Se não leu o Orçamento do Estado, que são muitas páginas, não se preocupe. Espere pela estreia do filme em 2013. Vai ser dramático. Vítor Gaspar escolheu um caminho perigoso que vai esfrangalhar a classe média e levar milhares de portugueses à miséria. E mesmo sabendo que está a perder, Vítor Gaspar continua a jogar e a fazer ‘bluff', fazendo de conta que está a ganhar. Não tem um único trunfo, mas é incapaz de pestanejar. O ministro das Finanças parece um jogador de Sudoku que se enganou a colocar um número mas que vai continuar a jogar para nos provar que não se enganou, mesmo sabendo que as contas no final nunca vão bater certo.
E o mais hilariante disto tudo é que a austeridade sempre nos foi vendida como um caminho que nos vai levar de regresso aos mercados em Setembro de 2013. E quem se der ao trabalho de ler o Orçamento irá constatar, e com certeza com grande espanto, que no capítulo sobre o financiamento do Estado para 2013 não está previsto o regresso aos mercados. Pasme-se. O Governo assume que não vai emitir uma única Obrigação do Tesouro no próximo ano, nem mesmo para pagar os 5,8 mil milhões que vai ter de reembolsar em Setembro de 2013. O cheque da ‘troika' tratará do assunto. Tanta austeridade em nome do regresso aos mercados e afinal não vamos regressar aos mercados.
(...)"
(Pedro Carvalho; "Vítor Gaspar anda a jogar Sudoku com as contas públicas"; na íntegra: aqui) (Sublinhados meus)
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Ao atribuir-lhe aqui o tratamento de "Sua Santidade, o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar", parti, naturalmente, do pressuposto de que Sua Excelência gozava do dom da infalibilidade. Verifico, face ao escrito supra, de Pedro Carvalho, que Vítor Gaspar, afinal, não só erra, como faz trapaça, nada tendo em comum com a santidade. Resta-me, em tais circunstâncias, voltar atrás na decisão. Passará, pois a ser tratado da forma mais usual: ministro Gaspar, ou ainda mais simplesmente, Gaspar. Tout court.
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