Tal como o ex-deputado Branquinho e companheiro de partido de Miguel Relvas, também este não fazia a mínima ideia do que era a Ongoing. E muito menos sabia ainda que o ex-espião Jorge Silva Carvalho, já era quadro da Ongoing, quando lhe enviou, "por correio electrónico, um relatório detalhado com um plano para reformar os serviços de informação, propondo para directores do SIS (Serviço de Informações de Segurança) e do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) funcionários da sua confiança e apontando ainda os nomes daqueles que não deveriam assumir cargos dirigentes."
É "claro" que Relvas não sabia, nem uma coisa, nem outra e eu muito menos sei se o relatório foi elaborado a pedido do destinatário, ou se a sua elaboração e consequente envio foi da inteira responsabilidade e iniciativa de quem o elaborou e remeteu a Relvas, embora esta hipótese se apresente como algo inverosímil. Seja como for, o facto é que não sei e por uma razão muito simples: é que, na verdade não conheço a que é que a Ongoing se dedica e ignoro por completo se a elaboração de relatórios daquela natureza faz ou não parte dos trabalhos cometidos pela Ongoing ao seu novo colaborador. Não sei, mas confesso que gostava de saber, porque, se a iniciativa da elaboração do relatório partiu do ministro Relvas, é óbvio que a este não restava outro caminho que não fosse o de arrumar, de imediato, os papéis e de zarpar do governo, o quanto antes.
(imagem daqui)
1 comentário:
O Relvas zarpar do governo? Só quando tiver assegurado um ordenado milionário numa empresa que tenha saído beneficiada com esta paródia das secretas.
Abraço
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