O PS, pela voz de Inês Medeiros considerou "pouco plausível que a maioria PSD/CDS venha a chumbar audições sobre este caso com o jornal Público, porque quem não deve não teme".
Acontece, porém, que o PSD já anunciou, pela boca do vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Luís Menezes que votará contra os pedidos de audição parlamentar, querendo O PSD, no dizer do seu líder parlamentar, Luís Montenegro, esperar pelo parecer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) antes de decidir se o Parlamento deve ou não ouvir o ministro Miguel Relvas.
Se das posições assumidas pelos referidos dirigentes parlamentares do PSD se não pode linearmente inferir que o inverso do "quem não deve não teme" é tão verdadeiro quanto o citado aforismo, certo é que não anda longe disso. É que, como lembra aqui o José Simões, a consideração ora votada à ERC não condiz com a posição do PSD sobre a mesma entidade que "até há pouco mais de um ano (...) era uma entidade a abater, na melhor das hipóteses sem existência justificável". E mais de estranhar é a posição dos dirigentes parlamentares do PSD, quando uns e outros têm a "certeza absoluta" de que Relvas está inocente das acusações que sobre ele impendem.
Se têm tanta certeza por que razão se socorrem de expedientes?
Será só porque na boca dos "Montenegros" e dos "Menezes" do PSD, a transparência não passa duma figura de retórica? Ou será antes porque têm a "certeza absoluta" do contrário do que afirmam?
1 comentário:
Claro que chumbaram e tudo isto vai ficar em nada, porque a posição do Público é pouco clara. Ontem, a Fernanda Câncio, na 25ª hora, colocou o problema numa perspectiva interessante que vou recuperar um dia destes.
Enquanto tiver material, continuarei a morder os calcanhares ao Relvas.
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