segunda-feira, 15 de outubro de 2012

"As Ilhas serenas"


O título deste "post" dedicado aos resultados das eleições regionais dos Açores é roubado a esta  magnífica crónica de  Fernanda Câncio, para que chamo a atenção do leitor.
Ilhas serenas, digo eu, roubando o título, porque me parece que  os resultados eleitorais e a atitude serena do futuro presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, nas suas primeiras declarações, após a confirmação da vitória do PS, confirmam a apreciação da excelente jornalista.
Admite-se que a situação que se vive a nível nacional possa ter tido alguma influência na vitória alcançada  (uma maioria de deputados superior à da anterior legislatura - o PS passa de 29 deputados para  31), mas uma tal leitura não é tal linear assim, se se tiver em conta que o segundo partido mais votado, o PSD, que do ponto de vista de tal leitura seria o partido mais penalizado, acabou por ver também aumentado o número dos seus deputados, sendo que, em termos eleitorais os partidos que viram decrescer o número de votos e/ou o números de deputados, foram o CDS, o PCP e o Bloco de Esquerda. 
Não vou ao ponto de dizer que na imprevisível maioria absoluta alcançada pelo PS (e surpreendente pela sua amplitude) não possa ter havido algum reflexo da má governação a nível nacional, mas a vitória fica a dever-se sobretudo, sem dúvida, ao excelente trabalho desenvolvido pelo presidente cessante, Carlos César e às inegáveis qualidades de Vasco Cordeiro que, na declaração de vitória eleitoral, se mostrou satisfeito,  mas sem exibição de quaisquer excessos de exuberância, modesto até ao ponto de em  momento algum ter assumido o resultado como vitória pessoal, interessado e não apenas aberto ao diálogo com todas as forças políticas e sociais, demonstrando, ademais, estar bem preparado politicamente.
Uma boa escolha, diria eu, por parte do PS açoriano, confirmada nas urnas pela serena gente dos Açores.

1 comentário:

Evaristo Ferreira disse...

É de gente como Vasco Cordeiro que o PS precisa. Ele representa o futuro, traz uma mensagem de esperança, não está formatado como está o Seguro. A mensagem do açoriano é clara, viva, empolgante. A de Seguro é cinzenta, morna, sem brilho nem calor.
Um abraço.