O menos que se pode dizer da intenção manifestada por António José Seguro de vir a apresentar propostas de revisão da lei eleitoral, incluindo a redução do número de deputados é que se trata dum passo em falso. É verdade que a medida faz sentido para quem se proponha cavalgar a onda populista e para quem pretenda criar mais um motivo de atrito entre os partidos da coligação que sustenta o actual (des)governo. No entanto, não parece coadunar-se com a estratégia de quem se tem afirmado interessado em desenvolver uma oposição responsável e construtiva. E é evidente que também não é minimamente adequada ao estabelecimento de pontes entre os partidos da oposição, já que a ideia é frontalmente contrariada quer pelo PCP, quer pelo BE, por razões sobejamente conhecidas, pontes que me parecem ser absolutamente essenciais para criar alguma hipótese de alternativa a este governo que tem os dias contados a menos que as instituições da República e o país encarem com normalidade que se prossiga no caminho que leva ao desastre total.
E, o que é ainda mais grave, é que a intenção manifestada, revela uma visão desfocada da realidade, porque a redução do número de deputados não é, e nunca foi, uma questão essencial, já que não resolve nenhum dos muitos problemas com que o que país se debate. Pelo contrário, desvia as atenções do que é vital, neste momento, que é encontrar um caminho para sair do impasse em que o país se encontra.
A falta de sentido de oportunidade, por parte de Seguro é, pois, total.
5 comentários:
O Seguro quer lá saber das pontes entre os partidos da oposição, ele está é fininho para fazer parte do centrão!...
(Ou correm com ele ràpidamente, ou em próximas eleições a abstenção vai chegar a 50%!)
Assino por baixo.
Um abraço.
Seguro vai destruir o que resta do PS, Francisco. Praticamente já so tem o apoio do aparelho. A nível da população, já ninguém o pode ver!
Começo por dizer que começei a detestar josé seguro ao fim de pouco tempo do governo de josé Socrates.Faço esta declaração para a seguir dizer que acho bem a reduçao de deputados.Esta reduçao está na cabeça do portugues comum ( felizmente a maioria)há muitos anos.O parlamento é o (sitio ) que mais desprestigia a democracia.A mediocridade é o licor da casa.Numa altura de crise que todos reconhecemos,e altura para fazermos essa reforma,para bem da democracia das financas publicas e da deçencia.Reduzir deputados,e pagar-lhes melhor para os ter tempo inteiro e com qualidade politica e tecnica.Tendo andado pela extrema esquerda há bastantes anos conheço o seu modus operandi e os seus objectivos.Nada podemos fazer com quem tem projectos de sociedade pelos vistos proximo da coreia que apoiam (Pcp) e com um bloco incapaz de apoiar o Ps,pelo facto de estar em competiçao com o Pcp.A democracia em Portugal na minha opinião estava de melhor saude se essa gente fosse residual no parlamento.Lembro que tres quedas do governo Ps foram com moçoes de censura apoiadas pela dita esquerda emsituaçoes extremamente dificeis,como ser governo depois do prec.A redução não pode servir para o lider do partido fazer um ajuste de contas,para o evitar, há que tomar medidas para que tal não aconteça.Lamento não alinhar na vossa tese,mas o fraco curriclo do parlamento assim determinou a minha posiçao.Nunca ninguem me ouviu fazer criticas publicas ao parlamento,isso é obra ao cuidado dos inimigos da democracia.
Carlos barbosa.Eu não gosto, mas as sondagens não dizem isso.
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