Firmino Pereira, vice-presidente do PSD/Porto limitou-se a dizer algo que é óbvio e de simples bom senso: “Acho que os incidentes que se têm repetido em volta do ministro Miguel Relvas fragilizam e prejudicam em muito a imagem do Governo”.
Tanto bastou para que Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, saísse a terreiro para deixar uma advertência: “Firmino Pereira, nas funções de representante do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, não pode tomar posições públicas que não são coerentes com as da maioria dos oito vereadores, dos membros da Assembleia Municipal e com as do presidente da Câmara”.
E deixa-lhe um aviso que nem sequer prima pela subtileza: “O militante Firmino Pereira é também vereador da minha Câmara e ocupa provisoriamente um lugar de vice-presidente, na substituição de Marco António Costa”. Provisoriamente, percebeste, Firmino?
Como nem a Câmara Municipal, nem a Assembleia Municipal se pronunciaram, nem se pronunciarão sobre a permanência, ou não, de Relvas no governo, porque não têm nem competência nem legitimidade para tal, não parece ser necessário forçar muito a nota para concluir que quando Menezes, o também chorão e efémero ex-presidente do PSD, alude a posições públicas coerentes com as da maioria dos oito vereadores e dos membros da Assembleia Municipal, está a dizer com todas as letras que os vereadores e a Assembleia Municipal não passam de figuras decorativas. Quem manda é ele. Le roi c'est moi!
O soba da Madeira tem aqui, visto isso, um ilustre discípulo e sucessor. Mais dia menos dia, o Alberto João passa-lhe a pasta. Pelos vistos, fica bem entregue.
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