domingo, 22 de julho de 2012

Uma reforma do Cratogénio

O ministro da Educação, Nuno Crato, é, sem margem para dúvidas, um génio, ou melhor dito, um Cratogénio. Mal acabou de fazer 10 anos de idade foi, pelos vistos, capaz de escolher o seu percurso escolar e profissional que passaria por ser ministro dum governo liderado por Passos-tardiamente-licenciado-Coelho e onde haveria de ter como colega de governo o célebre ministro Miguel-super-rápido-a "licenciar-se"-Relvas.
Só assim se explica, de facto, que lhe tenha passado pela cabeça efectuar, agora, uma reforma que vai permitir que crianças com 10 anos possam ser forçadas pela escola, pelos professores, ou pelos pais a seguir por "uma alternativa mais adequada" que não seja a de estudar, isto numa altura em que em Portugal está instituído o ensino obrigatório e gratuito com a duração de nove anos.
Crato esqueceu-se, porventura, que nem todas as crianças deste país são génios como ele e que ao facilitar ou  forçar o abandono da escola a crianças em tão tenra idade está a impedir que elas mesmo façam a sua própria escolha em idade mais avançada, designadamente a partir dos 15 anos, segundo as recomendações da OCDE. 
Uma criança, nestas condições,  fica condenada, logo quase à nascença, a um futuro que, só por mero acaso, poderá corresponder às suas verdadeiras capacidades e que só dificilmente poderá satisfazer as suas legítimas ambições. É, pois, quase inevitável que uma escolha tão prematura não venha a ser fonte de enormes frustrações no futuro.
É, mesmo, uma reforma do Cratogénio!

1 comentário:

Majo disse...



Mais um erro crasso do cratogénio.