quinta-feira, 26 de julho de 2012

Relvas e a história de mais um saco roto



Não se pode dizer que o senhor Passos/Coelho não tenha vindo a dar o seu melhor (que, convenhamos, não é lá grande coisa) para afastar o seu ministro e amigo Relvas das luzes da ribalta. Suspeito mesmo que as alarvidades que ultimamente tem andado a disparar, não tenham tido outro objectivo.
Objectivo frustrado,no entanto, porque, quando não é a licenciatura feita a martelo, as ameaças e censuras a jornalistas, ou as  mentiras no Parlamento, é o passado de Relvas que regressa a galope.
Hoje, mesmo, ficámos a saber, graças à investigação da Visão, que o (escandalosamente ainda ministro) Relvas é um autêntico recordista na especialidade de "dar à tramela", via telemóvel e à custa do contribuinte.
Para que não restem dúvidas, aqui vão os gastos do dito "cavalheiro" com o uso do telemóvel posto à sua disposição pela Câmara Municipal de Tomar, na sua qualidade de presidente da respectiva Assembleia Municipal:

"Ano 2002 - 1 598,50€
Ano 2003 - 934,40€
Ano 2004 - 947,79€
Ano 2005 - 559,49€
Ano 2006 - 3 896,03€
Ano 2007 - 5 623,32€
Ano 2008 - 4 858,29€
Ano 2009 - 7 444,46€ (ano de eleições europeias, legislativas e autárquicas)
Ano 2010 - 3 391,55€
Ano 2011- 1 251,03€ (até o dia 27 de junho de 2011; as eleições legislativas que deram a vitória ao PSD realizaram-se a 5 de junho e o Governo tomou posse a 21; Posteriormente o número do telemóvel foi cedido à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros.)"


Se tivermos em conta que, segundo a lei, as assembleias municipais se reúnem, de forma ordinária, apenas cinco vezes por ano, qual terá sido a justificação para que a Câmara de Tomar tenha posto à disposição de Relvas um telemóvel de uso pessoal e sem limites de custos? O caso serve, pois, perfeitamente, para demonstrar que o cano por onde corre o dinheiro dos contribuintes tem mais "buracos" que um saco roto.
(Ilustração daqui

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