sexta-feira, 20 de julho de 2012

Não comeu o bolo, saiu-lhe disparate


Desde que os seus amigos tomaram conta do "pote", com a sua prestimosa e indispensável ajuda, Cavaco deixou-se de "avisos" e agora, quando fala, ou diz banalidades ou sai-lhe asneira.
A culpa não é tanto dele, reconheço. É mais da responsabilidade da sua Casa Civil que abandonou, não sei por que razão, a rotina de ter sempre à disposição de Cavaco um bolo que ele se apressava a mastigar, evitando assim  que lhe saísse da boca mais algum disparate.
Seja essa ou não a razão, a verdade é que os disparates na boca de Cavaco dispararam.
Vem este intróito a propósito da  última entrevista dada por Cavaco ao "Sol", entrevista que, diga-se desde já, não li, mas da qual tomei conhecimento através do "Público" que faz simultaneamente o favor de transcrever algumas das "pérolas" proferidas por Cavaco.
Uma delas merece destaque. Segundo a transcrição do "Público", Cavaco garante que o país é hoje mais respeitado”.
Faltou-lhe o bolo, saiu disparate. Neste caso, porém, é fácil tapar-lhe a boca. Como os factos são recentes e até têm reflexos no presente, é suficiente fazer-lhe uma simples pergunta para o calar.
Portugal, deve ele lembrar-se, tem actualmente assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, assento que alcançou, era então primeiro-ministro José Sócrates, em disputa com um país da dimensão do Canadá que gozava, e goza,  de enorme prestígio a nível internacional. Não obstante, o certo é que, nessa disputa directa, foi Portugal o eleito, tendo o Canadá, perante a evolução das votações, acabado por desistir da contenda para não fazer pior figura. 
Isto dirá alguma coisa a Cavaco sobre o respeito e o prestígio de que Portugal gozava na altura, a nível internacional? Se calhar, não. Mas, se tem dúvidas, daqui se lhe sugere que promova a repetição da experiência, nas Nações Unidas, ou noutra organização internacional qualquer. Talvez consiga ver, então, o tamanho do seu disparate.
A Cavaco garanto eu que não assistirá a uma tal façanha, nos tempos mais próximos e seguramente nunca antes do fim do seu actual mandato.
(imagem daqui)

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