Já há dias, Pedro Carvalho, subdirector, do Diário Económico havia chamado a atenção para o facto de que "no capítulo sobre o financiamento do Estado para 2013 não está previsto o regresso aos mercados. (...) O Governo assume que não vai emitir uma única Obrigação ".
À mesma conclusão chegou também Ana Rita Faria que hoje, em artigo no "Público", sob o título "Factura com os juros da dívida será em 2013 a maior dos últimos 17 anos" (sem link) escreve: "Curiosamente, o OE não prevê, contudo, nenhuma emissão de dívida de longo prazo (as chamadas Obrigações do Tesouro)"
Sinal iniludível de que o governo não conta, ao contrário do que tem propalado, regressar a financiar-se, a longo prazo, nos mercados, porque, obviamente, também não acredita que Portugal tenha acesso a tais mercados.
Temos pois que o discurso que o governo tem vindo a fazer sobre a crescente credibilidade junto dos mercados não passa de pura retórica, ou para ser mais rigoroso, de uma trapaça, expediente e matérias em que este governo é, de resto, perito.
Falando deste governo também se poderia falar de "malabarice", já que o autor do neologismo é, nem mais nem menos, que o alegado primeiro-ministro. Digo alegado, porque, pelo menos no dizer de António Borges, pessoa supostamente bem informada, o timoneiro do barco não é ele.
A "malabarice" chegou pela mão de Passos Coelho e, pelos vistos, vai permanecer enquanto este governo durar.
1 comentário:
Vítor Gaspar será, provavelmente, o único que acredita. Penso que já nem PPC mas, como o nosso primeiro é teimoso, orgulhoso e arrogante, não dá o braço a torcer. Até quando?
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