“A minha educação foi extraordinariamente cara. Portugal investiu na minha educação de forma muito generosa durante algumas décadas. É minha obrigação estar disponível para retribuir essa dádiva que o país me deu." ; "a [minha] participação no Governo tem por único propósito retribuir o enorme investimento que o país colocou na minha educação”.
Não é necessário possuir especial perspicácia para concluir que, nas entrelinhas das afirmações supra, o ministro Gaspar está a apresentar-se como uma verdadeira SUMIDADE. De facto, o enorme investimento feito pelo país na educação do ministro Gaspar, extraordinariamente cara, como insiste em afirmar, só tem justificação porque estamos perante uma personalidade com uma capacidade também ela extraordinária. A roçar o génio, admito eu, pelo que ponderei passar a tratar Sua Excelência, por Sua Sumidade, o ministro de Estado e das Finanças Vítor Gaspar.
Só não transformei essa intenção em resolução, porque o ministro Gaspar, ao declarar, simultaneamente, que se dispôs a participar no governo e a nele permanecer, apenas e só como forma de retribuir o investimento que o país colocou na sua educação, revelou um tal desprendimento, uma tal devoção à pátria e uma tal grandeza de alma que só estão ao alcance de quem já atingiu as raias da SANTIDADE.
Hesitei, pelas razões supra, no tratamento devido a Sua Excelência, entre Sua Sumidade e Sua Santidade, mas opto, definitivamente pelo tratamento por Sua Santidade. Doravante, pois, o ministro Gaspar será tratado aqui por Sua Santidade, o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar.
Sua Santidade
(Imagem e citações daqui)
1 comentário:
Para retribuir, põe-nos a pagar a dívida...
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