Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, quando falava aos jornalistas à margem do conselho nacional do PSD, que hoje decorre em Lisboa, saiu-se com uma boa: “Temos de jogar em dois tabuleiros. Estar totalmente disponíveis para cumprir e, em segundo lugar, trabalhar em paralelo para conseguir melhores condições e outros pressupostos que possam aliviar [o programa de ajuda financeira]” acrescentando que "Portas devia falar mais sobre a Europa” .
Rangel, aparentemente, falhou o alvo, pois a recomendação deveria ser dirigida, em primeira mão, ao presidente do seu partido que, por distracção dos portugueses, desempenha também as funções de primeiro-ministro de Portugal, uma vez que se sabe que Passos Coelho, na última cimeira europeia, entrou mudo e saiu calado, e que, antes da cimeira, o mesmo Passos Coelho assumiu, em Bucareste, que recusa a flexibilização do programa de ajuda.
Se são estas as orientações do primeiro-ministro, como é que Paulo Portas pode tomar outra posição que não seja a de se manter calado sobre a Europa?
Conhecendo Rangel, certamente, os factos apontados, o mais provável, no entanto, é que Paulo Rangel tenha querido mandar uma "indirecta" a Passos Coelho, seu adversário nas últimas eleições para a Presidência do seu partido. É que, na verdade, a "directa" não faz sentido.
2 comentários:
Os senhores deste governo são casmurros, vingativos e ressabiados. E quem se trama todos os dias e a todas as horas somos nós todos!
Se não foi, teve o mesmo efeito...
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