domingo, 28 de julho de 2013

Depois de mim virá...

    "(...)
    4. Fui tirar o passaporte numa conservatória de Lisboa. Instalações impecáveis, casas de banho limpas, burocracia reduzida a quase nada, tudo digitalizado, eficaz e despachado em 40 minutos, entre a chegada e a saída. É o 'simplex', de Sócrates. E fiquei a pensar nas coisas inteligentes e certas que os seis anos de Sócrates fizeram pela melhoria concreta da vida concreta das pessoas — pois também é para isso que os governos existem. Lembrei-me do 'simplex', do cartão de cidadão (reunindo vários números e dados), do documento único automóvel, da empresa na hora, das lojas do cidadão, do ensino de inglês obrigatório a partir do 5.º ano, dos 'Magalhães' nas escolas, da extensão do ensino obrigatório até ao 12.º ano, e sim, do Parque Escolar, do RSI, do complemento social de reforma, da co-geração de energia eléctrica, do investimento nas novas tecnologias, nas energias alternativas, na investigação científica. São coisas que ficam, excepto aquelas que o actual Governo abandonou deliberadamente e, às vezes, unicamente por terem sido obra do anterior governo. Em contrapartida, o que fica, como melhorias evidentes na vida das pessoas, que tenha sido levado a cabo nestes dois anos de Governo PSD/CDS? Que me lembre, apenas uma coisa : remédios mais baratos. [Serão?] Alguns dirão que foi assim que Sócrates nos arruinou, mas não, não foi assim, nem foi apenas ele. E como me dizia um amigo meu, a propósito da revolta popular de todas as classes sociais no Brasil, a diferença entre eles e nós é que lá o Estado também cobre impostos altos e gasta rios de dinheiro, só que não há obra à vista.(…)"
    (Miguel Sousa Tavares; "Por favor, vão de férias!"; no "Expresso" de ontem)

2 comentários:

Anónimo disse...

Já tinha lido, mas peguei noutra passagem para escrever um post a publicar amanhã.

Anónimo disse...

Não foi esse senhor que naquele debate eleitoral foi o primeiro a ver uma grande vitória de Passos sobre Socrates?
Agora, chora lágrimas de crocodilo!...
Mas mais vale tarde de que nunca!