"(...)
Este Governo está a implodir, e por culpas apenas próprias. Por muito que quem tem o poder a ele se queira agarrar é inevitável que, senão já, a muito breve trecho, o Governo se demita, ou que seja dissolvida a Assembleia da República. Vamos, mais dia menos dia, para eleições. Não acaba aí o Mundo. O fim da história não chegou. A ‘troika' esperará pelas eleições e falará com quem as ganhar. A Europa também. Os países em assistência ou perto dela já todos passaram por eleições e não houve nenhum dos cataclismos com que agora nos acenam.
Sabendo-se que teremos de ir para eleições, o melhor momento é já. Duas razões: os investidores gostam de tudo, menos de incerteza, e quanto mais cedo souberem com quem vão ter de lidar melhor e, neste momento, há liquidez para um ano e não vamos ter nenhuma ruptura de pagamentos. O Orçamento do Estado seria apresentado mais tarde e entraria só em final de Janeiro ou início de Fevereiro. Mas daí também não virá nenhum mal ao Mundo. Antes isso que este Governo apresentar um Orçamento para 2014 e depois haver eleições e só termos um orçamento de 2014 definitivo muito mais tarde.
(...)"
(Marco Capitão Ferreira; "A brigada do reumático". Na íntegra: aqui. Destaque meu)
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