A chantagem desencadeada com a demissão (irrevogável, mas pouco) de Paulo Portas do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros só produziu efeito porque o chantageado não passa de uma nulidade agarrada ao "pote" como uma lapa.
A dimensão das cedências, com a entrega a Paulo Portas do controlo da economia, das finanças e do relacionamento com a troika, não só transforma o ministro demissionário no verdadeiro primeiro ministro, como revela o que de há muito era evidente: Passos Coelho nem sequer é um líder "impreparado". É um líder de coisa-nenhuma.
Temos assim, que o êxito de Portas vem uma vez mais confirmar que "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei".
Temos assim, que o êxito de Portas vem uma vez mais confirmar que "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei".
Com a coordenação política das pastas governamentais mais relevantes entregues a Portas, a que tarefas se pode dedicar, a partir de agora, o indivíduo que formalmente continua a ostentar o título de primeiro-ministro ?
Para dizer a verdade, não sei.
O que me espanta é a falta de reacção do PSD à humilhação sofrida pelo seu partido às mãos de Portas. Será que a fraqueza do líder também afecta as "tropas", ou, mais prosaicamente, tudo se aceita desde que cada um salve o seu "tacho"?
(reeditada)
O que me espanta é a falta de reacção do PSD à humilhação sofrida pelo seu partido às mãos de Portas. Será que a fraqueza do líder também afecta as "tropas", ou, mais prosaicamente, tudo se aceita desde que cada um salve o seu "tacho"?
(reeditada)
2 comentários:
O PSD aguenta tudo para defender o pote, Francisco. Além disso, há muita gente que espera ( penso eu que com razão) o espetanço do Portas e, a partir dos escombros do CDS, revitalizar o PSD.
Caro Francisco Clamote
Quando refere as tropas,refere-se certamente a um enorme conjunto de gente bem colocada e a outra que ainda não chegou ao sítio.
Uma eventual queda do governo com a dissolução da A.R estragava muitos planos.Imagine um deputado ter no seu curriculum "deputado durante 2 anos".
Todos os meios servem para atingir os fins. Vergonha é coisa rara nestes meios.
Abraço
Rodrigo
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