Quando um jornal como o "Público" escreve em editorial que "O Governo tornou-se uma vergonha ambulante" e que "se continuar será um factor de instabilidade", é sinal de que o governo de Passos & Portas tem os dias contados.
Se os líderes dos dois partidos da coligação governamental tivessem em alguma conta o interesse nacional e a credibilidade externa do país, Passos, em vez de se agarrar ao poder com os braços que já não tem, teria, de imediato, pedido a sua demissão de primeiro-ministro, seguindo o caminho deixado aberto pela demissão de Paulo Portas. De facto, é hoje evidente que, quaisquer que sejam os remendos deitados no pano roto, a credibilidade, a legitimidade e a autoridade deste governo estão definitivamente postos em causa.
Espera-se, por isso, em nome do interesse nacional e da credibilidade externa do país, que Cavaco não volte a dar a extrema-unção a este governo moribundo. Se insistir em manter o governo (remendado ou não) em funções, só estará a contribuir para lhe prolongar a agonia. Com consequências desastrosas para o país, consequências, que, de resto, estão já bem à vista.
1 comentário:
Era esta a estabilidade que Cavaco queria, ou já telefonou ao Rio a pedir ajuda para o tirar desta embrulhada?
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