...muito educadamente, aliás:
O director do Instituto Geográfico Português (IGP) Carlos Mourato Nunes, tenente-general demitiu-se, tendo dirigido à ministra Assunção Cristas uma carta que termina dizendo: "Cumpri a minha parte e esforcei-me por cumprir bem, como é meu dever. Nada me é devido por isso, apenas o respeito que um director-geral merece. Aceite senhora ministra, o meu pedido de exoneração do cargo de director-geral do IGP",
Não sem que antes tenha afirmado: "Ao longo do período de sete meses de mandato do XIX Governo Constitucional que V. Excelência integra, não me foi facultada a possibilidade de uma audiência para consigo dialogar, expor pontos de vista, discutir políticas, receber orientações ou, tão simplesmente, estabelecer uma mera relação de conhecimento (...) Durante estes meses do seu mandato, que segui atentamente, esperei uma palavra, uma orientação, uma oportunidade; tal não aconteceu, situação que lamento profundamente e que, por inusitada, muito estranho"
Uma vaga inesperada que vai cair que nem sopa no mel na malga dalgum "boy" ainda na fila de espera, como é expectável.
Não é este, no entanto, o aspecto que aqui quero salientar. Importante é chamar a atenção para o facto de, ao longo de sete meses, a ministra Assunção Cristas não se ter dado sequer ao trabalho de conhecer um dos directores-gerais do seu ministério. Exemplo bem demonstrativo do infantilismo da gestão do super-ministério da Agricultura etc. etc. Bem entregue como se vê.
Em tais condições, bater com a porta era, realmente, a única atitude a tomar por quem tem respeito por si próprio. Como tudo o indica, é o caso.
1 comentário:
Não é o único ministério em que tal acontece
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