Não se pode dizer que João Proença, secretário-geral da UGT, pressionado pelas críticas à assinatura do acordo de concertação social vindas sobretudo do mundo do trabalho tenho encontrado a melhor forma de justificar a sua atitude. Muito pelo contrário. Num primeiro momento, alega que o "acordo atenua o impacto de algumas medidas do memorando da troika", alegação que, todavia, esbarra de frente com as afirmações do próprio P. Coelho, insuspeito neste caso, que considera o acordo "mais ambicioso, inovador e audaz” do que o memorando de entendimento assinado com a troika. Em que ficamos ? Neste caso, ficamos, sem dúvida nenhuma, em afirmar que para João Proença, o memorando tem as costas largas.
Proença, no entanto, não se ficaria por aqui e foi ao ponto de cometer a indignidade de vir para a comunicação social afirmar que foi incentivado por altos dirigentes da CGTP a negociar o acordo de concertação social com o Governo. Sinceramente, não percebo este acto de João Proença, não só porque o não dignifica a ele próprio, mas sobretudo porque, mesmo a ser verdade, a sua versão não tem a mínima hipótese de passar pelo crivo da opinião pública. A conclusão é óbvia, tendo em conta não só a posição assumida publicamente pela CGTP, neste caso, mas sobretudo todo o historial desta Central em matéria de concertação social.
1 comentário:
Caro Francisco Clamote
No post que o meu caro subscreveu, era a este tipo de políticos que me referia. Ainda vamos ver o Enjº João Proença receber um prémiozito para a reforma,pois no sindicalismo tem os dias contados.
Abraço
Rodrigo
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