Que Cavaco Silva não se leva a sério é a conclusão a tirar dos recentes "avisos" por ele emitidos sobre a "iniquidade" do Orçamento do Estado, violador de "princípios constitucionais básicos", segundo o próprio, mas que ele, afinal, promulgou, sem tugir nem mugir, não obstante ter jurado cumprir e fazer cumprir a Constituição. Ora, se ele não é consequente nos actos com as suas afirmações, arrisca-se obviamente a que também não o levem a sério. Como se tem visto ultimamente. O primeiro-ministro Coelho prestou, porventura, alguma atenção àqueles "avisos" presidenciais? Nem pouca nem muita.
O mais natural, pois, é que os recados deixados na mensagem de Ano Novo tenham o destino dos "avisos" anteriores, destino que é o de cair em saco roto. Sobra a consideração de que os recados, neste caso, poderiam ter tido alguma utilidade se tivessem surgido aqui há uns meses atrás. Agora é tarde.
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