A reportagem, dita "investigação", publicada na Revista do "Expresso" do último sábado sobre "A nova vida de Sócrates em Paris" (que, na capa, passa de "nova" a "misteriosa"), já mereceu mais que um comentário e já a vi muito justamente qualificada de sórdida. Eu prefiro, no entanto, classificá-la como venenosa, porque o veneno está lá e, tal como no escorpião, o veneno está na cauda.
Já que chamo ao palco o escorpião, também cabe invocar aqui a fábula do escorpião, pois vem mesmo a propósito. De facto, um semanário, dito de referência, que desce ao nível dum jornal de sarjeta, arrisca-se a ser a principal vítima da sua "ferroada", por perda de credibilidade. Se não é por força da "natureza" do escorpião, é por força da "natureza" das coisas. E atenção: "ferroadas" destas, várias vezes repetidas, podem ser fatais.
Sem comentários:
Enviar um comentário